Tecnologias

O projeto Energia das Mulheres da Terra trabalha tanto com tecnologias de produtos, no caso dos equipamentos para geração de energia e fornecimento de água, quanto com tecnologias de processos, construídas para gestão participativa do próprio projeto.

Estas tecnologias têm referência em bibliografia existente e outros projetos no Brasil, em especial da Região Nordeste, e foram adaptadas a partir do nosso trabalho e das contribuições das famílias participantes. As adaptações realizadas vão desde pequenas inovações pontuais até modificações amplas, por exemplo, o biodigestor construído em ferrocimento. O kit de abastecimento de água com bomba solar, como consolidado neste projeto, é inédito, assim como a proposta, em construção, de uma “Gestão Comunitária de Tecnologias Sociais”.

Vamos publicar os projetos e cartilhas em breve!

Esperamos que estes materiais apresentem as soluções mais adequadas, que encontramos, à realidade das famílias agricultoras no estado de Goiás, no Bioma Cerrado.

As tecnologias

Biodigestor sertanejo em ferrocimento

O Biodigestor Sertanejo é uma tecnologia de geração de biogás, para queima em fogões a gás e substituição do gás de botijão (GLP), e biofertilizante, para aplicação em quintais produtivos e roças de alimentos, em substituição aos fertilizantes industriais. É uma tecnologia nacional, classificada como biodigestor do tipo indiano, que foi desenvolvida em projetos da organização Diaconia, a partir de 2008, na região Nordeste do Brasil.

No EMT, construímos o Biodigestor Sertanejo totalmente em ferrocimento, com inovações pontuais na operação de caixas de carga e descarga, na filtragem e drenagem do biogás. As famílias beneficiadas têm utilizado esterco bovino como matéria orgânica para biodigestão, em integração com a atividade de produção leiteira, característica da Agricultura Familiar goiana. Há experimentos bem sucedidos de uso de restos do abate de frangos e peixes, penas de frangos e cascas de mandioca.

Acesse o projeto aberto do biodigestor e as referências em Publicações.

Cisterna de armazenamento de água de chuva

A cisterna de armazenamento de água de chuva é um reservatório de 14.000 litros (projetos familiares) ou 32.000 litros (projetos coletivos), construído em ferrocimento, associado à captação e filtração de água de chuva em pequenos telhados e calhas. 

As cisternas foram consagradas pelo grande projeto “1 milhão de cisternas” da ASA e Governo Federal, no modelo de placas de cimento, parcialmente enterradas. O modelo em ferrocimento, de superfície, que adotamos no EMT, tem referência nos trabalhos do IPOEMA, do IPEC, e principalmente no curso do prof. Arnaldo Lima, das Tecnologias Apropriadas. No EMT, há inovações importantes na metodologia de construção, na redução dos ferros estruturais, na estrutura do teto e do acesso de manutenção, entre outras.

As cisternas têm beneficiado famílias em situação de insegurança hídrica, em regiões com pouca disponibilidade de água potável, como o Nordeste Goiano. Porém, deveriam ser adotadas em todas regiões do estado. No Cerrado, nos 6 meses de chuva, os telhados das casas recebem praticamente a mesma quantidade de água que as famílias consomem, em todo o ano. A chuva - e os telhados e cisternas - podem representar a autossuficiência em água para consumo humano!

Acesse o projeto aberto da cisterna e as referências em Publicações.

Abastecimento de água com bomba solar

O kit bomba solar de abastecimento, como consolidado no projeto EMT, é uma tecnologia inédita. Consiste em bomba movida a energia solar fotovoltaica, gerada por 1 ou 2 módulos solares, instalada em fonte de água normalmente distante, para abastecimento de pequenos estabelecimentos rurais. No projeto EMT, foram testados modelos simples de filtros de proteção, suporte e fixação das bombas em córregos, represas e cisternas; suportes de módulos solares e proteção do controlador eletrônico com materiais adaptados, geralmente disponíveis no pequeno estabelecimento rural.

Tanque de peixes agroecológico

O tanque de peixes agroecológico é uma adaptação do projeto EMT, a partir da tecnologia social “Sisteminha Embrapa”. Tem construção integral em ferrocimento, com ampliação do volume, da profundidade do tanque e da capacidade do sistema de tratamento, em relação ao “Sisteminha”. A tecnologia tem diversas vantagens: o uso muito reduzido de água corrente, devido ao sistema de recirculação; a integração com o quintal produtivo, com saída de água e sedimentos para fertirrigação; a piscicultura realizada fora das Áreas de Preservação Permanente (APP), em contexto alternativo à solução convencional, de tanques escavados, dependente de grandes máquinas e normalmente danosa ao meio-ambiente.

Realização

Financiamento


Energia das Mulheres da Terra

Somos uma rede de projetos de energia renovável e recursos hídricos, formada por mulheres agricultoras familiares e suas organizações, no estado de Goiás.

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